A Formação Profissional da Fundação AFID Diferença, nomeadamente o curso de Jardinagem e Manutenção de Espaços Verdes, tem uma componente bastante prática e a base de aprendizagem dos seus clientes é feita maioritariamente através da prática. Os formandos têm formação técnica, recorrendo ao uso de ferramentas e utensílios adequados à aprendizagem da profissão, e, além disso, têm a possibilidade de realizarem estágios em contexto real de trabalho.
Durante todo o processo formativo, aprendem a plantar espécies ornamentais, a preparar o terreno para a instalação, manutenção e limpeza de jardins, tendo em conta cada uma das espécies e a fazerem manutenção e limpeza de relvados e arruamentos.
Os formandos têm, também, a oportunidade de operar com máquinas de jardinagem, como o corta-relva, sempre com o acompanhamento e supervisão do formador.
Por fim, começam a ter autonomia para fazerem a limpeza dos equipamentos, das máquinas e das instalações inerentes ao trabalho desenvolvido.
Toda a formação é realizada com recurso ao método demonstrativo (aprender fazendo) e tem como objetivo que os clientes adquiram as competências técnicas e socioprofissionais da profissão num ambiente o mais aproximado possível do contexto real de trabalho. Isto porque, a generalidade dos formandos aprende melhor com o ver fazer e o fazer, do que com a teoria, não que esta não exista, mas é adaptada às capacidades cognitivas de cada um.
Na Fundação AFID Diferença são os jovens – raparigas e rapazes – que frequentam o curso de Jardinagem e Manutenção de Espaços Verdes que fazem a manutenção de todo o jardim da sede, desde o varrer até ao cortar a relva, limpar arruamentos, etc.
“Adoro jardinagem, porque gosto de apanhar folhas e gosto de plantar e semear”, confessa Jonas Antunes.
“Gosto de tratar as plantas e colocar as sementes na terra para depois regar. Também gosto de varrer a relva e de mexer na terra com as mãos e de mexer nas plantas. Não gosto de usar o corta-relva porque é perigoso para mim”, revela Rita Nunes.
“Adoro varrer o relvado e os passeios, apanhar as folhas que caem e depois despejar na compostagem. Quero experimentar trabalhar com o corta-relva”, diz Ricardo Ramada.
“Gosto de varrer, mas às vezes cansa-me varrer tanta caruma. Gostava de usar a roçadora, mas é muito pesada. No entanto, já experimentei usar o corta-relvas uma vez com a ajuda da formadora”, afirma Ailton Moreira.
Após terem sido dadas as bases formativas e ao verificar-se que o formando adquiriu os conhecimentos e as técnicas, os mesmos encontram-se aptos para a sua prática em contexto de trabalho.
A prática em contexto de trabalho, traduzida em estágios no exterior da Fundação, em empresas, Juntas de Freguesia – ex: Alfragide –, Câmaras Municipais – ex: da Amadora –, etc., é um meio de o jovem ter a perceção do que é o mercado de trabalho.
“Adorava ir para estágio fazer plantações e plantar e cortar relva. Gostava de experimentar trabalhar num viveiro”, diz Jonas Antunes.
Os locais de estágio são pensados tendo em consideração as características individuais de cada um. Assim, a formandos que beneficiam de tarefas rotineiras, ambientes calmos, entre outras características, tenta-se encontrar locais de estágios que potenciam as competências do mesmo, mas que também respeitem e valorizem as características individuais deste.
“Vejo os outros a trabalharem e gostaria de fazer igual. Além de que gostaria de ganhar o meu próprio dinheiro para poder comprar uma casa”, adianta Cláudio Pires.
O estágio é um período para o jovem poder crescer enquanto pessoa, mas também enquanto trabalhador, sendo também um período para aqueles que, em contexto direto trabalham com o “aprendiz”, possam crescer também enquanto pessoas.
Em última instância, e tendo como principal objetivo promover uma vida ativa com qualidade para as pessoas com deficiência e combater a exclusão social através da formação profissional, o estágio é um complemento para capacitar o formando para o mercado de trabalho, mas também para capacitar a sociedade para uma sociedade mais inclusiva.
Texto, publicado no site Sapo Lifestyle, é da autoria de: Ana Sofia Sousa, Coordenadora da Formação Profissional da Fundação AFID Diferença; Maria Helena Alves, Formadora do curso de Jardinagem e Manutenção de Espaços Verdes.
O reconhecimento e distinção enquanto Marca Entidade Empregadora Inclusiva é motivo de orgulho visto que a Fundação trabalha diariamente para uma sociedade mais inclusiva e, esta atribuição confirma que o nosso caminho inclusivo é respeitado.
Em parceria com a Câmara Municipal da Amadora, a Fundação AFID Diferença lança Concurso de Fotografia
Exposição de obras criadas por clientes com deficiência da Fundação AFID Diferença acontece de 27 de maio a 19 de junho de 2022 e será inaugurada a 26 de maio às 18h30.
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A Fundação AFID Diferença apresenta no próximo dia 16 de dezembro a Segunda Edição do Prémio de Investigação Científica na área da Reabilitação Dra. Maria Lutegarda. A cerimónia de entrega do Prémio irá realizar-se no Auditório 2 da Fundação Calouste Gulbenkian.
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