Com o Alto Patrocínio da Presidência da República e os apoios da Fundação Montepio e da Câmara Municipal da Amadora, decorreu no passado dia 14 de dezembro, no Auditório 2 da Fundação Calouste Gulbenkian, a cerimónia relativa à 1.ª edição do Prémio de Investigação Científica Dr.ª Maria Lutegarda.
O projeto “A Qualidade de Vida de Crianças e Jovens com Dificuldade Intelectual e Desenvolvimental: Contributo para a Educação Inclusiva” de Maria Cristina Marques Ferreira Simões venceu esta primeira edição do galardão sobre a área da Reabilitação, que foi entregue pelo Dr. Guilherme d’ Oliveira Martins, membro do Conselho de Administração da Fundação Calouste Gulbenkian.
“Concorri ao prémio para divulgar o trabalho que tenho vindo a desenvolver nesta área, a Qualidade de Vida, neste caso específico de crianças e jovens com dificuldade intelectual e contributo para educação inclusiva. Não preparei nenhum discurso, o meu natal este ano começou bem mais cedo”, começou por dizer, a vencedora, que prosseguiu.
“Não tive o privilégio de conhecer em vida a Dr.ª Maria Lutegarda, mas sinto que ela como uma mãe para a Fundação AFID Diferença e onde quer que esteja acabou por guiar o nascimento deste prémio que é bastante importante para os investigadores portugueses. Gostaria, ainda, de agradecer à Faculdade de Motricidade Humana, que foi onde comecei esta investigação, à professora Sofia Santos, que me orientou, mas também à AFID, à Fundação Montepio, à Câmara Municipal da Amadora e à minha família”, referiu, visivelmente emocionada, a Maria Cristina Simões.
As duas menções honrosas foram atribuídas a Lúcia Maria Neto Canha – que está ausente do País e no seu lugar o galardão foi recebido pela sua orientadora no trabalho apresentado a concurso – “Transição para a Vida Adulta no Contexto da Deficiência, Estudo das variáveis pessoais e sociais associadas a um processo de sucesso e desenvolvimento de um modelo de intervenção inclusivo” – e Professora da Faculdade de Motricidade Humana, Dr.ª. Celeste Simões -, e a Ana Sofia Pedrosa Gomes dos Santos, que submeteu à apreciação do corpo de jurados o trabalho “A investigação-ação no campo da Dificuldade Intelectual e Desenvolvimental”, respetivamente.
A cerimónia foi apresentada por Sandra Torres, que nos honrou com o seu profissionalismo, talento e simpatia, e contou com as performances da AFIDANCE, do grupo “Do Sol” e da AFID Ritmo.
Desde dezembro do ano passado, foram entregues 14 projetos de investigação, 11 concorrentes nacionais e três de nacionalidade brasileira, sobre a área da Reabilitação, no âmbito académico, abrangendo as Ciências Sociais e Humanas, Sociologia e Educação – Educação Especial, Direito das Pessoas com Deficiência, Artes e Inclusão, Surdez e Participação Politica, Jogos terapêuticos e Reabilitação, Saúde, Terapia com cães -, Musicografia Braille, Neuropsicologia, Informação e Comunicação em Plataformas Digitais Acessíveis, Perturbações do Espectro do Autismo, Qualidade de Vida de famílias de pessoas com deficiência intelectual – nos três graus de ensino superior público e privado: Licenciatura, Mestrado e Doutoramento.
Os trabalhos foram avaliados por um corpo de jurados composto pelo Professor Doutor Deodato Guerreiro da Universidade Lusófona, pelo Professor Doutor António Martins da Universidade Católica, pelo Professor Doutor Domingos Rasteiro do Instituto Piaget, pelo Professor Doutor Francisco Godinho, da Universidade de Trás-os-Montes, e ainda pelo Dr. Joaquim Caetano, da Fundação Montepio, pela Dr.ª Susana Nogueira em representação da Câmara Municipal da Amadora, e pelo presidente do Conselho de Administração da Fundação AFID Diferença, Dr. Domingos Rosa.
De periodicidade bienal, o prémio visa uma melhoria da qualidade de vida, estimular objetivos, mobilizar investigadores e a comunidade académica em prol da inclusão e da normalização da mesma na sociedade no âmbito académico, abrangendo as Ciências Sociais e Humanas, Sociologia e Educação, Musicografia Braille, Neuropsicologia, Informação e Comunicação em Plataformas Digitais Acessíveis, indo de encontro às causas que a saudosa Dr.ª Maria Lutegarda sempre abraçou e desenvolveu na área da inclusão.
Agradecemos, ainda, a presença do Dr. Guilherme d’ Oliveira Martins, da Dr.ª Carla Tavares, Presidente da Câmara Municipal da Amadora, da Dr.ª Manuela Cabaço, da Fundação Montepio, da Dr.ª Cristina Monteiro, da Dr.ª Ana Maya, de toda a equipa técnica da equipa de Organização, Coordenação e Planeamento Fundação Calouste Gulbenkian, e de todas as pessoas – familiares, júris, amigos e curadores da nossa e vossa Fundação AFID Diferença – que se deslocaram no passado dia 14 ao Auditório 2 da Gulbenkian. Podem ver ou rever a cerimónia aqui.
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