As emoções assumem um papel fulcral na intervenção psicológica em pessoas com deficiência, uma vez que são uma resposta biológica em forma de reação a todos os estímulos externos que nos rodeiam, acompanhadas de reações corporais tais como aumento do ritmo cardíaco, transpiração, tremores, visão turva, entre muitas outras.
Devido às fragilidades psíquicas e neurológicas associadas à deficiência, a intervenção deve ter sempre uma componente de gestão emocional com o objetivo de potenciar uma harmonização entre emoção e reação, gerando comportamentos positivos e interações adequadas.
No mundo em que vivemos e, em especial pela situação critica que atravessamos a nível pandémico, assistimos a uma panóplia imensa de estímulos externos que levam à angustia, à frustração e ao sofrimento psicológico. Neste sentido, a intervenção psicológica em pessoas com deficiência, seja individual ou em grupo, deve focar-se na desconstrução de cada emoção isoladamente, enunciando o seu nome, o que compõe essa emoção, qual a expressão facial que a acompanha, quais as reações corporais que surgem associadas e como é que podemos sentir essa mesma emoção, seja ela positiva ou negativa.
De referir que em todo o processo de desenvolvimento da inteligência emocional existe uma impossibilidade de separar perceção, cognição, emoção e memória. Assim, a partir do momento em que conhecemos cada emoção isoladamente, a intervenção passa a ter um olhar mais abrangente, sendo agora os sentimentos a base do trabalho a desenvolver. E porquê? Porque os sentimentos são uma reação do corpo humano para expressar os acontecimentos que cada indivíduo vivencia, ou seja, um sentimento é um conjunto de emoções.
Na área da Deficiência, as emoções são vivenciadas de forma muito expressiva e desequilibrada devido às limitações no desenvolvimento adaptativo e intelectual, pois a habilidade de exprimir sentimentos positivos requer uma tríade entre sentimento, pensamento e ação, de forma a atingir uma manutenção do bem-estar emocional, ativando os processos de memória por meio de lembranças positivas. Ao regularmos a emoção, promovemos um desenvolvimento de relações interpessoais positivas e adequadas, fazendo com que cada indivíduo se sinta adaptado ao meio em que está inserido.
Desta forma, a intervenção psicológica na gestão emocional visa capacitar cada indivíduo de ferramentas para lidar consigo próprio, fazendo com que seja capaz de reconhecer de forma automática o que está a sentir e, que estratégias deve adotar para lidar com esse efeito.
Como o fazemos? Nunca separando a “cabeça” do “coração”, pois o maior sentimento de todos é o Amor. Somos capazes de sentir alegria, tristeza, carinho, vergonha, culpa, raiva, entre tantas outras emoções e, mesmo assim não somos capazes de deixar de amar o outro.
Já nos dizia Alberto Caeiro, “Preciso despir-me do que aprendi. Desencaixotar minhas as emoções verdadeiras. Desembrulhar-me e ser eu! Uma aprendizagem de desaprendizagem…”.
Texto, publicado no site Sapo Lifestyle, é da autoria de: Ana Mafalda Costa, Psicóloga na Fundação AFID Diferença
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No próximo dia 14 de fevereiro, convidamos todos a celebrar o amor e a solidariedade na nossa Feirinha dos Amores!
📍 Local: Espaço Vida – Fundação AFID Diferença;
🕓 Horário: 16h00 às 18h00.
Será um momento especial de inclusão, partilha e carinho, onde todos são bem-vindos!
Juntem-se a nós e espalhem o amor!
Para mais informações, fiquem atentos ao nosso ...
1ª EDIÇÃO 2024/25
A Fundação AFID Diferença anuncia que se encontram abertas as candidaturas, até ao dia 28 de Fevereiro, para a primeira edição do Prémio de Artes Plásticas Dr. João Gomes Esteves, uma iniciativa que visa valorizar e incentivar a prática artística de autores com deficiência intelectual.
O concurso acolhe obras em Pintura e Cerâmica de ...
É com enorme entusiasmo que apresentamos o nosso calendário para 2025: “Lugares que contam histórias: Amadora em 12 passos”!
A Fundação AFID Diferença apresenta a 4ª Edição do Prémio de Investigação Científica de Reabilitação Dra. Maria Lutegarda 2024/25.
Este prémio, foi criado em memória da antiga Diretora da Fundação, Dra. Maria Lutegarda, tem como objetivo promover a Investigação Científica na área da Reabilitação, incentivando a criação e desenvolvimento de projetos inovadores impactantes positivamente na vida ...
É comum que alguns empresários pensem que as instituições de solidariedade social são geridas de forma amadora e pouco eficiente. Mas será que essa ideia faz justiça à realidade? Para lançar luz sobre esta questão, o nosso presidente, Domingos Rosa, foi à Smooth FM falar sobre como, na Fundação AFID, levamos a gestão de qualidade ...
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É com muita alegria e satisfação, que anunciamos o lançamento da edição número 27 da Revista Diferença. Assim como nas edições anteriores, a revista continua a dedicar-se à área social como uma voz da Fundação AFID Diferença e, este ano, decidimos focar a revista num tema bastante relevante: A Empregabilidade das pessoas com deficiência no ...