A Unidade de Apoio à Família (UAF), projeto apoiado durante o ano de 2017 pelo prémio BPI Capacitar, presta serviço a famílias que no seu agregado familiar integram pessoas com deficiência intelectual e que procuram um atendimento temporário em regime diurno ou nocturno.
Este projeto surge da necessidade sentida pelos cuidadores informais de pessoas com deficiência que, no seu dia-a-dia, vivem a exigência e o desafio de cuidar de uma pessoa dependente de si para todas as atividades e que satisfazem as suas necessidades, mesmo as mais básicas.
As pessoas com deficiência intelectual dependem do seu cuidador nas mais diversas dimensões da sua vida, desde o apoio físico em atividades da vida diária até ao suporte emocional, que equilibram e promovem o bem-estar destas pessoas. Estes cuidados são prestados – na maioria das situações -, desde a nascença até ao seu envelhecimento, tornando-se numa tarefa extenuante para os cuidadores informais, especialmente para os pais. Esta intensa e permanente dedicação é geradora de cansaço, de depressões e de instabilidade no bem-estar de outros elementos que compõem o agregado familiar, nomeadamente outros filhos que vêem a atenção dos pais concentrada no irmão com deficiência.
O cuidador informal de pessoas com deficiência intelectual é definido como “Uma pessoa que executa tarefas para outra que é incapaz de as realizar de forma independente e que, dada a sua idade e fase de desenvolvimento, as deveria conseguir fazer sozinha” (cit in Goodhead & McDonald, 2007)
O aumento da esperança de vida tem contribuído para uma nova análise sociológica destes agregados familiares. Pela melhoria dos cuidados de saúde e de bem-estar, a esperança de vida de pessoas com deficiência aumentou significativamente nas últimas décadas. Igualmente o envelhecimento dos cuidadores e o decréscimo da sua capacidade de cuidar tem acarretado graves problemas a estes agregados familiares. Este novo desafio social que se coloca às famílias, instituições e a toda a sociedade requer um debate urgente e a definição de políticas capazes de ir ao encontro das necessidades das pessoas. A incapacidade de resposta por parte das organizações sociais por ausência de vagas em lar residencial adia a necessidade, muitas vezes premente, de acolhimento de adultos com deficiência que se encontram a residir com cuidadores idosos sem condições para os acompanhar. Em situações limite a única solução é a integração em Estruturas Residenciais para Pessoas Idosas (ERPI).
Não havendo uma resposta efetiva para estes cuidadores, e tendo em conta a importância do seu papel e de forma a contribuir para a promoção do seu bem-estar físico e emocional, foi desenhado este projeto. Possibilitar que os cuidadores possam usufruir de uns dias de férias, de não ter de adiar uma cirurgia, de fazer uma viagem, enfim, de ter um tempo dedicado a cuidar de si foi a justificação válida para o nosso empenho neste projeto. Dada a recetividade e importância deste apoio às famílias, continuaremos a promover este projeto aberto à comunidade.
Como resultado, recebemos muito mais do que o que oferecemos. O reconhecimento das famílias por um tempo de descanso, como o caso da C, de 42 anos.
“É a primeira vez em quarenta anos que vamos ter férias para descansar a aproveitar para visitar familiares fora de Portugal. No dia em que a vieram buscar e lhe perguntaram se gostou e ela agita vigorosamente a cabeça com um sim e com um sorriso de felicidade”, revelou…
Enquanto o nosso trabalho significar fazer a diferença na vida de alguém… aqui estaremos de alma e coração para os acompanhar…
Texto da autoria de: Ana Cristina Fernando, Diretora do Lar Residencial da Fundação AFID Diferença
1ª EDIÇÃO 2024/25
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É com muita alegria e satisfação, que anunciamos o lançamento da edição número 27 da Revista Diferença. Assim como nas edições anteriores, a revista continua a dedicar-se à área social como uma voz da Fundação AFID Diferença e, este ano, decidimos focar a revista num tema bastante relevante: A Empregabilidade das pessoas com deficiência no ...