Sabe-se que uma das patologias mais frequentes nos Idosos é, presentemente, a Demência, tratando-se de uma alteração progressiva da memória e de outras funções cognitivas. As Pessoas com Demência, além das alterações significativas ao nivel da memória, apresentam danos em múltiplas funções cognitivas como, por exemplo, desorientação pessoal, espacial e temporal, afasia, apraxia, acalculia, dificuldades no planeamento e execução de tarefas complexas que no seu conjunto refletem uma desorganização funcional e afetam o desempenho das atividades de vida diária.
Concretamente, a Pessoa com Demência, pode apresentar as seguintes características: dificuldades de memória persistentes e frequentes, especialmente de acontecimentos recentes; apresentar um discurso vago durante as conversações; perder entusiasmo na realização de atividades, anteriormente apreciadas; demorar mais tempo na realização de atividades de rotina; esquecer-se de pessoas ou lugares conhecidos; incapacidade para compreender questões e instruções; deterioração de competências sociais; e imprevisibilidade emocional (Castro-Caldas e Mendonça, 2005).
O investimento na área das Demências, e em particular num dos tipos de Demência mais comum o Alzheimer, tem permitido o desenvolvimento de alguns tratamentos e intervenções que possibilitam um maior controlo (e eventual desaceleramento) desta doença. Tratam-se, sobretudo, de intervenções farmacológicas e intervenções neuropsicológicas de acordo com cada Pessoa com Demência e a própria fase da doença.
Deste modo, o objetivo geral de todas as intervenções (farmacológica e não farmacológica) é o de tornar a evolução mais lenta a evolução da Demência (independemente do tipo) e permitir maior autonomia e independência, possibilitando em simultâneo uma melhor qualidade de vida.
No que se refere à intervenção neuropsicológica, e após avaliação das funções alteradas e mantidas e a gravidade dessas alterações, desenvolve. Segue-se o desenvolvimento de um programa terapêutico não-medicamentoso adequado à Pessoa com Demência, o que pode implicar atividades de estimulação cognitiva e sensorial, de relaxamento e outros treinos específicos de atividades de vida diária, entre outros (Gonçalves et al., 2006).
Em termos específicos, pretende-se trabalhar as funções mentais superiores como seja: memória (capacidade de captar, processar, armazenar, evocar informação recebida), linguagem (inclui fluência do discurso, compreensão, nomeação, repetição, escrita e leitura), orientação (em relação ao próprio, ao tempo e ao espaço), atenção (capacidade de focar, selecionar estímulos do meio ambiente), praxia (capacidade para executar gestos ou movimentos direcionados a um determinado objetivo), gnosia (capacidade para reconhecer o significado de estímulos sensoriais) , funções executivas (conjunto de funções envolvidas no planeamento, iniciativa e execução de movimentos dirigidos à concretização de um objetivo) e capacidades construtivas (construção de desejos ou figuras tridimensionais) (Braz Saraiva e Cerejeira, 2014).
Texto da autoria de: Teresa Reis, Psicóloga na Fundação AFID Diferença e Coordenadora do Projeto UNE
Braz Saraiva, C. & Cerejeira, J. (2014). Psiquiatria Fundamental. Lisboa, Lidel.
Castro-Caldas, A. & Mendonça, A. (2005). A doença de Alzheimer e outras demências em Portugal. Lisboa, Lidel.
Gonçalves, D., Martin, I., Guedes, J., Cabral-Pinto, F., & Fonseca, A. M. (2006). Promoção da Qualidade de Vida dos Idosos Portugueses através da continuidade de tarefas produtivas. Psicologia, Saúde & Doenças, 7(1), 137-143.
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