Exposição “Um Tigre, Dois Tigres, Mil Tigres” no Museu do Oriente

Convite Square

Dois anos passados sobre a nossa última exposição no Museu do Oriente, é com muita alegria que preparamos o nosso regresso a este espaço tão familiar. A nossa regular colaboração com esta Instituição parceira foi interrompida por força das circunstâncias impostas pela pandemia de Covid-19, da qual conseguimos agora, finalmente, vislumbrar uma promessa de encerramento.

Apesar da surpreendente e prolífera produtividade dos nossos artistas ao longo destes tempos mais complicados, para esta exposição foi lançado o desafio de desenvolvermos trabalhos em torno de um tema específico. Ou seja, todos os trabalhos patentes são inéditos e produzidos propositadamente para esta ocasião.

De acordo com o calendário chinês estamos agora no ano do Tigre e, a convite a Fundação Oriente, tornou-se curioso refletir na figura deste animal e nas características que, segundo a lenda, lhe garantiram o terceiro lugar no zodíaco.
Majestoso, forte, ágil, determinado e audaz, o Tigre é também uma figura solitária. É o símbolo da superação que a pessoa com deficiência intelectual enfrenta cada dia. Simplesmente, neste ciclo que termina, em que tantas vezes nos vimos forçados a estar isolados ou privados dos afetos de que tanto estamos carentes, desta vez, o tigre já não quer mais andar só!

Vemo-lo então em grande convívio festivo neste conjunto de diferentes interpretações da sua figura riscada.
É também com trabalhos coletivos que celebramos este reencontro – produções em cerâmica, pasta de papel, e também uma imensa peça em tecido, suspensa sobre um rasto de pegadas ligeiras, onde dialogam as diversas técnicas das oficinas artísticas da fundação.

Destacamos também o painel que resultou da residência artística proposta por um grupo de generosos, entusiásticos e resilientes artistas: Gabriela Fernandes Pinto, Tim Madeira e Isabel Contreras Botelho, acompanhados pela câmara de António Alves da Costa. O vídeo documental apresentado na exposição regista as várias tardes em que a AFID acolheu momentos de criação em conjunto, sem fronteiras entre artistas visitantes ou anfitriões. Nesta pintura partilhada encontramos as ligações improváveis que foram surgindo pelas intervenções de uns nas pinceladas de outros, gestos de aproximação e entendimento que resultaram numa imensa selva de cor onde o nosso olhar se perde a surpreender figuras risonhas. Na exposição, o painel de 5 metros será ainda pontuado com elementos de cerâmica, tecelagem e papel modelado escolhidos pelos quatro autores convidados.

Por fim, salientamos que esta exposição vai finalmente contar com um momento inaugural. As apresentações dos grupos AFIDance e AFID Ritmo irão receber às 18h30 do dia 26 de Maio todos os que quiserem celebrar connosco os majestosos, fortes, ágeis, determinados e audazes, mil tigres, que são os artistas da Fundação AFID Diferença.

 

Nuno Lacerda, Monitor do Atelier de Pintura do Centro de Atividades Ocupacionais da Fundação AFID Diferença

Atualizado em 11-Mai-2022 | Partilhar:

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