O envelhecimento é uma consequência natural de qualquer sociedade. A velhice é, equivocadamente, contemplada como um período de estagnação, de declínio e de perdas, sem possibilidade de crescimento, participação e envolvimento nos mais variados contextos.
Para que a população envelhecida possa desfrutar, nas melhores condições, este período de vida, é necessário levar a cabo um conjunto de iniciativas que promovam o envelhecimento ativo, tendo sempre em conta as necessidades bio-psico-sociais e também os recursos humanos e materiais disponíveis. A promoção de um envelhecimento ativo e saudável tem sido um caminho apontado como resposta aos desafios relacionados com o aumento da esperança média de vida. Um aspeto intrinsecamente associado à visão do Envelhecimento Ativo é a Qualidade de Vida da pessoa idosa.
A relação entre o Envelhecimento e Qualidade de Vida é complexa, uma vez que os dois conceitos dependem de vários fatores, no entanto, o crescente envelhecimento da população tem vindo a despertar um forte interesse na Qualidade de Vida de Idosos (Paúl, Fonseca, Martín, & Amado, 2005), sendo que pressupõe a adoção de estilos de vida adequados às alterações biológicas e psicológicas do envelhecimento.
Qualidade de Vida
A Organização Mundial da Saúde (OMS) define a Qualidade de Vida como “a perceção do indivíduo sobre a sua posição na vida, dentro do contexto de subsistemas e cultura e valores nos quais está inserido e em relação aos seus objetivos, expectativas, padrões e preocupações” (WHOQOL Group, 1994, p.28). Deste modo, a Qualidade de Vida parece estar relacionada com a ausência de doença, o suporte social e o bom funcionamento físico e cognitivo (Hortelão, 2003).
Por outro lado, a OMS (2002) definiu o Envelhecimento Ativo como “o processo de otimização de oportunidades de vida, em termos de saúde, de participação multidimensional da pessoa, à medida que esta envelhece” (p.12). Perspetiva-se a redução das causas que levam à perda de autonomia; a promoção de um elevado nível funcional e a manutenção da participação social, aumentando o índice de bem-estar subjetivo.
A Fundação AFID Diferença na sua intervenção direta com Pessoas Idosas viabiliza nas respostas sociais de ERPI (Estrutura Residencial para Pessoas Idosas) e SAD (Serviço de Apoio Domiciliário) estratégias em prol do desenvolvimento saudável e ativo da população senior de modo congruente com as suas expectativas, desejos pessoais e coletivos. Especificamente trabalha para concretização dos seguintes objetivos:
Relativamente às estratégias de intervenção e face ao objetivo de promoção do envelhecimento ativo propõem-se: Atividades de estimulação cognitiva e sensorial, Atividades de estimulação motora, Atividades com envolvimento familiar e Atividades socioculturais.
Em relação à adequação dos cuidados face às necessidades das pessoas idosas desenvolvem-se:
Cuidados adequados de saúde física e mental, cuidados específicos nas áreas da alimentação, higiene e deslocação e cuidados ao nível da autonomia e da independência. Relativamente ao desenvolvimento de ambientes capacitadores defende-se: promoção de ambientes capacitadores da segurança e independência e formação aos cuidadores e profissionais no âmbito das necessidades concretas dos idosos.
Por forma a operacionalizar todas estas estratégias, a AFID dispõe de um conjunto de profissionais qualificados que intervêm numa perspectiva multidisciplinar e multidimensional, garantindo a abrangência e continuidade dos cuidados necessários às Pessoas Idosas que atende diariamente.
Texto da autoria de: Teresa Reis e Andreia Oliveira
Bibliografia:
Canavarro, M. C. (2010). Qualidade de Vida: Significados e Níveis de Análise. In M. C. Canavarro & A. Vaz Serra (Coords.) Qualidade de vida e saúde: Uma abordagem na perspectiva da Organização Mundial de Saúde (pp.3-21). Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian.
Hortelão, A. P. S. (2003). Envelhecimento e qualidade de vida – estudo comparativo de idosos residentes na comunidade e idosos institucionalizados na região de Lisboa. Dissertação de Mestrado em Comunicação da Saúde. Lisboa: Universidade Aberta.
Organização Mundial de Saúde (2002). Active Ageing: A Policy Framework. Disponível em: http://whqlibdoc.who.int/hq/2002/WHO_NMH_NPH_02.8.pdf
Paúl, C., Fonseca, A., Martín, I., & Amado, J. (2005). Satisfação e Qualidade de Vida em Idosos Portugueses. In C. Paúl & A. Fonseca (Coords.) Envelhecer em Portugal. Psicologia, Saúde e Prestação de Cuidados (pp.77-96). Lisboa: Climepsi.
WHOQOL Group (1994). Development of the WHOQOL: Rationale and current status. International Journal of Mental Health, 23(3), 24-56.
A Conferência “Desinstitucionalização de Pessoas com Deficiência” foi um momento de reflexão essencial. O evento teve início com as intervenções da Dr.ª Cristina Casalinho (Fundação Calouste Gulbenkian), da Dr.ª Sónia Esperto (INR), da Dr.ª Sandra Marcelino (Instituto da Segurança Social), do Dr. Murteira Nabo (Fundação AFID Diferença) e a da Dr.ª Susana Nogueira (Vereadora da ...
No próximo dia 14 de fevereiro, convidamos todos a celebrar o amor e a solidariedade na nossa Feirinha dos Amores!
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1ª EDIÇÃO 2024/25
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