Atualmente, vivemos dias de repressão e ansiedade. Esta nova doença que denominaram de COVID-19 veio alterar toda a nossa vida, as nossas rotinas, e, sobretudo, colocar em causa a nossa liberdade e autonomia. Vimo-nos obrigados a ficar em casa, a usar mil e uma proteções sempre que vamos à rua, a estar longe daqueles de quem gostamos, a ter de estar atentos às notícias que surgem sobre esta doença, entre tantas outras coisas.
Assim, colocamos em causa toda a nossa vida até ao momento de hoje: “Era feliz e não sabia?”; “Vivo a minha vida de forma plena ou já vivia em “MODO AUTOMÁTICO”? E começa assim a aumentar a nossa ansiedade: “Quando poderei voltar à minha vida?”; “Será igual ou diferente?” “Estou perdido…”; “Não consigo deixar de pensar na COVID-19”.
Chegou, então, o momento em que as novas tecnologias de informação e comunicação se tornam um elo, ao contrário do que se observava até aqui. Antes tínhamos de deixar os telemóveis e os computadores para podermos conviver e interagir com os outros. Agora? Agora aproximam-nos mais do que nunca!
Com o encerramento temporário do nosso Centro de Atividades Ocupacionais (CAO), e com a alteração de rotinas e horários, sentimos necessidade, em equipa, de contactar as famílias por via telefónica e de agendar videochamadas com os nossos clientes, de modo a minimizar a distância que nos separa. E foi tão importante! Unimo-nos, a preocupação vai de técnicos para famílias e de famílias para técnicos. Esgota-se o egocentrismo e nasce um altruísmo social que nos faz idealizar um futuro melhor onde todos juntos vamos voltar a viver os afetos que nos unem.
Outra questão fundamental é a de que as rotinas podem manter-se mesmo à distância, que é uma das questões facilitadores de tranquilização dos nossos clientes. Assim, são enviados emails para as famílias e para os nossos clientes a solicitar o cumprimento de algumas atividades a que denominámos “Desafio Quarentena 2020”. E qual o objetivo destes desafios? Manter rotinas e encurtar distâncias. Como? Os desafios são para todos! São para os que estão em casa e para os que residem no nosso Lar Residencial. Estamos todos interligados com uma mesma atividade, tal como se fosse o nosso dia-a-dia no CAO. E que bom que tem sido receber fotos, mensagens, vídeos, feedbacks de que estamos todos à espera do dia em que nos vamos abraçar novamente. Percebemos que estamos no caminho certo e que não podemos baixar os braços.
Por fim, outra forma de manter a rotina é a de conservar as sessões de Psicologia em dia e hora agendadas com antecedência, de forma a que se mantenha o acesso aos serviços de saúde mental a que os nossos clientes estão habituados, bem como minimizar o impacto da COVID-19 na vida dos mesmos. Mas nem sempre é fácil. Colocam-se em causa as questões de: poderá haver quebra na confidencialidade e privacidade; nem todos os nossos clientes têm acesso a telemóvel, tendo de estar à mercê da disponibilidade dos pais; a incapacidade de decifrar expressões faciais tão nitidamente; todas as questões relacionadas com questões digitais – falha na rede, telemóvel lento, etc. Assim, o apoio psicológico individual apenas se mantém com aqueles que assim o desejaram, de forma a não prejudicar a relação terapêutica.
Desta forma, a Psicologia em tempos de COVID vem-nos garantir que o amor é um estado psicológico onde se juntam diversas emoções, entre elas a alegria, a tristeza, o medo, a paixão, o compromisso e a atração, e que todas juntas nos mantêm focados na batalha contra este inimigo. Ficamos em casa para cuidar do outro, para nos cuidarmos mutuamente, vencendo o medo e perspetivando o fim de uma pandemia.
Este é, verdadeiramente, o vírus do Amor! Juntos, venceremos, na certeza de que há sempre alguém atrás de um ecrã à espera do vosso contacto! Fiquem em casa!
Texto da autoria de: Ana Costa, Psicóloga do Centro de Atividades Ocupacionais (CAO) da Fundação AFID Diferença
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Uma das fotografias tiradas nos nossos campos de férias ganhou o 3º prémio do Concurso de Fotografia CASES – Cooperativa António Sérgio para a Economia Social.
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Estão abertas as candidaturas para a 2ª Edição do Prémio de Investigação Científica Dra. Maria Lutegarda.
As emoções assumem um papel fulcral na intervenção psicológica em pessoas com deficiência, uma vez que são uma resposta biológica em forma de reação a todos os estímulos externos que nos rodeiam, acompanhadas de reações corporais tais como aumento do ritmo cardíaco, transpiração, tremores, visão turva, entre muitas outras.
Realizou-se, nas instalações dos Recreios da Amadora, na passada quinta feira, dia 11 de setembro de 2020, a sessão solene comemorativa do 41º Aniversário do Município da Amadora, na qual foram distinguidas diversas personalidades.
No próximo dia 1 de outubro (quinta-feira), terá lugar no Espaço Vida, na sede da Fundação AFID Diferença, uma exposição de arte do nosso Grupo Artístico. A exposição será de entrada livre à comunidade e sujeita a todas regras de segurança necessárias.